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Mitos xintoístas sobre o nascimento do Japão

O xintoísmo, a religião ancestral do Japão, continua a ser a base espiritual em que assentam muitas das tradições do arquipélago. Os seus contos mitológicos são tecidos no próprio tecido da cultura japonesa e oferecem uma visão única das origens da nação. Este artigo analisa a riqueza dos mitos xintoístas e revela como estes moldam o nascimento do Japão.

Introdução

Origens mitológicas do xintoísmo

O panteão xintoísta alberga uma multiplicidade de divindades, ou kami, que encarnam a criação do mundo e ordenam a natureza. É neste universo que são tecidas as bases da espiritualidade japonesa.

O panteão xintoísta e a criação do mundo

As histórias xintoístas falam de uma génese em que as forças da natureza assumem forma divina, começando com o nascimento do Céu e da Terra. O panteão não é estático, mas evolui com um número cada vez maior de Kami, reflectindo a dinâmica da natureza.

Os Kami: divindades e espíritos do Xintoísmo

Os Kami são a pedra angular do Xintoísmo, presentes em tudo. Eles conhecem uma hierarquia complexa, alguns tendo o poder da criação, outros encarnando elementos naturais ou ideais.

O mito da criação do Japão

No centro destas histórias estão Izanagi e Izanami, o casal divino cuja união molda o arquipélago.

Izanagi e Izanami: o casal divino

O ritual celestial

O ritual de amor de Izanagi e Izanami, em torno de uma coluna celestial, dá início ao começo de tudo.

O nascimento das ilhas japonesas

Foi a partir da união deles que surgiram as ilhas que formam o Japão, assim como muitos outros Kami.

Os primeiros Kami e o nascimento dos elementos

Amaterasu: a deusa do sol

Amaterasu, filha de Izanagi e Izanami, é a luminosa e benevolente deusa do sol, pilar central do panteão xintoísta.

Tsukuyomi: o deus da lua

Irmão de Amaterasu, Tsukuyomi governa a noite e seus mistérios.

Susanoo: o deus das tempestades

Rebelde e poderoso, Susanoo é o deus das tempestades e dos mares, sendo frequentemente objeto de controvérsia.

Os três tesouros sagrados

Objectos de lenda, os três tesouros do Japão simbolizam a legitimidade do imperador e a essência do poder divino.

A espada Kusanagi

A fascinante espada Kusanagi, envolta em chamas e mistério, é um emblema de força e bravura.

O espelho Yata no Kagami

O espelho sagrado reflecte a verdade e a sabedoria, e mantém uma ligação infalível com os Kami.

A joia Yasakani no Magatama

Objeto de fertilidade e benevolência, esta joia encarna o coração da espiritualidade xintoísta .

A descendência divina e os primeiros imperadores

Dos céus ao trono imperial, a descendência divina guia o destino do arquipélago.

Ninigi-no-Mikoto: o neto de Amaterasu

Carregado com as bênçãos de Amaterasu, ele traz prosperidade e paz ao Japão.

Jimmu: o primeiro imperador do Japão

O lendário imperador Jimmu, um descendente direto dos Kami, personifica os primórdios da linhagem imperial japonesa.

O nascimento do Japão e da sua sociedade

Os mitos da génese inspiram a organização política e social inspirada em histórias sagradas.

A influência dos mitos na estrutura social e política

A hierarquia e os papéis sociais no Japão estão profundamente marcados pelas histórias dos Kami e dos primeiros imperadores divinos.

Os mitos como base da identidade nacional

As histórias mitológicas servem como um pilar da identidade nacional, reforçando a ligação entre os japoneses e a sua terra.

Conclusão

Abraçando um rico passado mitológico, o Japão tece a sua história e cultura em torno de histórias xintoístas. Estas histórias continuam a influenciar o país contemporâneo e o seu povo, afirmando a importância de preservar e transmitir estas lendas ancestrais.